O que é obesidade?
A obesidade resulta do acúmulo excessivo de gordura que excede aos padrões estruturais e físicos do corpo. De acordo com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH), um aumento de 20% ou mais acima de seu peso corporal ideal significa que o excesso de peso tornou-se um risco à saúde. Hoje, de acordo com dados do Ministéro da Saúde, mais da metade da população brasileira (54%) está acima do peso ou são obesos. A Obesidade também pode ser definida como um aumento de peso às custas de tecido gorduroso. As causas mais freqüentes são: A origem genética (distúrbios da leptina), distúrbios endócrinos (doenças de tireóide, das glândulas suprarenais, hipófise, gônadas) além de maus hábitos alimentares associados a vida sedentária. O termo obesidade mórbida foi criado por Payne em 1963, um cirurgião americano, para caracterizar o potencial de complicações decorrentes da obesidade.
Pesquisas têm demonstrado que, em muitos casos, uma causa significativa e fundamental da obesidade mórbida é a genética. A ciência continua pesquisando outras respostas. Mas até que a doença da obesidade mórbida seja entendida melhor, o controle do peso excessivo é algo com o que os pacientes devem lidar durante a vida toda. Por isso, é muito importante entender que todas as intervenções médicas atuais, incluindo o balão intragástrico e a cirurgia para perda de peso (cirurgia bariátrica, cirurgia de redução do estômago ou cirurgia para obesidade mórbida), não devem ser consideradas curas médicas. São tentativas de redução dos efeitos do peso excessivo e alívio de sérias conseqüências físicas, emocionais e sociais provenientes da obesidade mórbida.
A perda de peso que ocorre após essas intervenções médicas reduz as complicações associadas com a obesidade e garante uma maior qualidade e expectativa de vida.
IMC | Classificação |
Menor que 18,5 | Baixo Peso |
Entre 18,6 e 24,9 | Normal |
Entre 25 e 29,9 | Sobrepeso |
Entre 30 e 34,9 | Obesidade Grau I |
Entre 35 e 39,9 | Obesidade Grau II |
Maior que 40 | Obesidade Grau III |
Quais são as doenças associadas à Obesidade?
A obesidade pode causar uma série de doenças conhecidas como co-morbidades e que aumentam em muito a taxa de mortalidade e diminuem a expectativa de vida destes pacientes. As mais conhecidas são hipertensão arterial (pressão alta), diabetes mellitus, que são relacionados à Síndrome Metabólica, cálculos (pedras) da vesicula biliar, depressão, doenças nas articulações (principalmente nos joelhos), dificuldade para respirar durante o sono (apneia noturna), cansaço fácil, úlceras e varizes de membros inferiores, impotência sexual no homem além de um incidência maior de infarto agudo no miocárdio.
Fatores que Contribuem para a Obesidade Mórbida
As causas fundamentais da obesidade severa são desconhecidas. Há muitos fatores que contribuem para o desenvolvimento da obesidade, incluindo transtornos genéticos, hereditários, ambientais, metabólicos e alimentares. Há também determinadas condições médicas que podem resultar em obesidade, como o consumo de esteroides e hipotiroidismo.
Fatores Genéticos
Vários estudos científicos estabeleceram que os genes têm um papel importante na tendência de ganhar peso excessivo.
Gêmeos idênticos, com os mesmos genes, apresentam uma similaridade muito maior de peso corporal que gêmeos fraternos, que têm genes diferentes.
Provavelmente, temos diversos genes diretamente relacionados ao peso. Assim como alguns genes determinam a cor dos olhos ou altura, outros afetam nosso apetite, nossa capacidade de nos sentirmos cheios ou satisfeitos, nosso metabolismo, nossa capacidade de armazenar gordura e até nossos níveis naturais de atividade.
Fatores Ambientais
Os fatores ambientais e genéticos estão obviamente muito ligados. Se você tiver uma predisposição genética para obesidade, então o estilo de vida moderno e o meio ambiente podem dificultar ainda mais seu controle do peso.
Fast food, longos períodos do dia sentado em uma escrivaninha e morar em bairros distantes, o que requer o transporte em veículos, tudo isso reforça os fatores hereditários, como metabolismo e armazenamento de gordura.
Metabolismo
Costumávamos pensar no ganho ou perda de peso somente como uma função de calorias ingeridas e, em seguida, queimadas. Consumir mais calorias do que queimá-las, faz você ganhar peso; queimar mais calorias do que ingeri-las, faz você perder peso. Mas agora sabemos que essa equação não é tão simples assim.
Pesquisadores em obesidade agora falam sobre uma teoria chamada de “set point” (ponto de ajuste), um tipo de termostato no cérebro, que torna as pessoas resistentes ao ganho ou perda de peso. Se tentar ignorar seu ponto de ajuste, cortando drasticamente sua ingestão de caloria, seu cérebro responde abaixando o metabolismo e reduzindo a velocidade da atividade. Então, você ganha de volta qualquer peso que tiver perdido.
Transtornos Alimentares e Condições Médicas
O balão intragástrico e a cirurgia para perda de peso não são uma cura para os transtornos alimentares ou obesidade mórbida. Existem condições médicas, como hipotiroidismo, que podem causar o ganho de peso. Por isso, é importante trabalhar junto com seu médico, para assegurar que você não apresenta uma condição que deva ser tratada com medicamento e aconselhamento.
Ameaça à Saúde Causada pela Obesidade Mórbida
A obesidade mórbida traz consigo um aumento do risco de uma expectativa de vida mais curta. Para pessoas cujo peso excede duas vezes seu peso corporal ideal, o risco de uma morte prematura é dobrado em comparação às pessoas que não são obesas. O risco de morte por diabetes ou ataque cardíaco é de cinco a sete vezes maior. Além das condições de saúde relacionadas à obesidade, o ganho de peso por si só pode levar a uma condição conhecida como obesidade de “estágio final”, quando não há opções de tratamento disponíveis para a maioria dos casos. Além disso, uma morte prematura não é a única conseqüência em potencial. Efeitos sociais, psicológicos e econômicos decorrentes da obesidade mórbida, embora injustos, são reais e podem ser especialmente devastadores.